Curiosidade histórica e macabra:
Diz a lenda que o antecessor direto das abóboras iluminadas vem da Irlanda do século XVIII, onde as tradições Celtas antigas permaneceram como uma parte significativa da cultura nacional. Um personagem popular nos contos folclóricos irlandeses foi Jack O'Lantern, um avarento de má reputação que fugia das maldições enganando o diabo (geralmente na Noite de Todos os Santos, em inglês, All Hallows' Even). Quando Jack finalmente morreu, foi rejeitado no céu devido a sua vida de pecados. Porém, o diabo também não levaria Jack. Ele foi amaldiçoado a viajar para sempre como um espírito no limbo. Assim que Jack deixou os portões do inferno, o diabo jogou para ele uma brasa para iluminar o caminho no escuro. Jack colocou a brasa em um nabo oco e saiu vagando. De acordo com a lenda irlandesa, você pode ver o espírito de Jack na Noite de Todos os Santos, ainda carregando sua lanterna de nabo pela escuridão. Atualmente o nabo se transformou em abóbora iluminada.
Crendices à parte, em acordo com trecho retirado do site da Embrapa e de autoria da pesquisadora Maria Aldete J. F. Ferreira: “As abóboras (C. moschata), morangas (C. maxima) e abobrinhas (C. pepo), espécies do gênero Cucurbita, da família Cucurbitaceae, são nativas das Américas e faziam parte da alimentação da civilização Olmeca, depois incorporadas pelas civilizações Asteca, Inca e Maia. Registros arqueológicos associam essas espécies ao homem há cerca de 10.000 anos.
Várias espécies cultivadas e silvestres são fundamentais em muitos aspectos da vida e da dieta humana, tanto pela versatilidade culinária quanto pela riqueza em carotenos e vitaminas. As fibras também contêm bioflavonóides, bloqueadores dos receptores de hormônios estimulantes do câncer, e esteróis que são transformados em vitamina D no organismo, estimulando a diferenciação celular.
A diversidade genética de Cucurbita existente nas Américas é ampla e os vegetais são encontrados em variadas cores, texturas, formas, tamanhos e sabores. No Brasil, espécies do gênero Cucurbita faziam parte da alimentação dos povos indígenas antes da sua colonização.”
Tenho um caso de amor com as abóboras já faz algum tempo, tudo culpa da minha avó que fazia um delicioso quibebe, doce de abóbora cremoso com coco, doce de abóbora em compota. Depois descobri a delícia italiana do Raviolli di Zucca, salteado com manteiga aromatizada de sálvia, simplesmente perfeito. As maravilhas de jerimum do nordeste, a versatilidade desta leguminosa é imensa. Fiz uma receita que adoro, risoto de abóbora, vou compartilhá-la com vocês. Esta é uma receita grande para fazer o risoto. Você quer que ele seja suave e cremoso. Sirva com camarões grandes salteados ou com carne seca acebolada, acompanhado de um bom vinho chardonnay gelado.
Ingredientes para 6 porções:
Cerca de 1,1 litros de caldo (frango ou legumes, conforme preferência)
1 colher de sopa de manteiga
2 colheres de sopa de azeite
1 cebola grande picada finamente
2 dentes de alho picadinhos
400g de arroz tipo italiano para risoto
270g de abóbora cabotchã ou japonesa
2 taças de vinho branco seco
sal e pimenta do reino moída na hora
70g manteiga
115g queijo parmesão ralado fresco
Preparação:
1-Aqueça o caldo. Em uma panela aqueça o azeite e manteiga, adicione a cebola, o alho e frite lentamente por cerca de 5 minutos sem coloração. Quando os vegetais estiverem tenros, adicione a abóbora e aumente o calor.
2-A abóbora começará a fritar levemente, continue mexendo. Depois de alguns minutos começará a desmanchar levemente, adicione o arroz e continue mexendo por mais um minuto até que ele ficará levemente translúcido. Adicione o vinho e continue mexendo. Qualquer sabor forte do álcool irá evaporar e deixar o arroz com uma essência saborosa.
3-Assim que o vinho tenha evaporado quase que completamente, adicione a primeira concha de caldo quente e uma boa pitada de sal. Reduza o calor para que o arroz não cozinhe muito rapidamente no exterior. Mantenha constante a adição de caldo, mexendo e quase massageando o creme de amido de arroz, permitindo que cada concha seja absorvida pelo arroz antes de acrescentar a seguinte. Isso levará cerca de 15 a 20 minutos. Prove o arroz - está cozido? Continue adicionando caldo até que o arroz esteja macio, mas com uma leve “crocância”. Não se esqueça de verificar o tempero cuidadosamente. Se você acabar com o caldo antes do arroz estar completamente cozido, adicione um pouco de água fervente.
4-Retire o risoto do fogo e adicione a manteiga e o parmesão. Mexa bem. Coloque uma tampa na panela e deixe descansar por 2 minutos. Esta é a parte mais importante de fazer o risoto perfeito, pois é quando se torna absurdamente cremoso como deve ser. Coma-o mais rapidamente possível enquanto o risoto mantém a sua bela textura.
Até a próxima postagem, que será internacional, o velho continente me aguarda e suas comidinhas de rua que eu tanto adoro e que farei questão de postar para vocês. Um abraço.
terça-feira, 12 de janeiro de 2010
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